Como diferenciar alopecias e eflúvio telógeno?

Conversamos com o dermatologista e expert, Amilton Macedo, sobre as diferenças, causas e tratamentos para alopecias e eflúvio telógeno

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A saúde capilar é um tema que preocupa muitas pessoas, entender as diferenças entre alopecias e eflúvio telógeno e anágeno é fundamental para um tratamento adequado. Conversamos com o expert e dermatologista, Amilton Macedo, sobre causas e tratamentos, esclarecendo questões essenciais para quem busca manter a vitalidade dos fios. Confira:

Como diferenciar alopecias e eflúvio telógeno?

Segundo o expert, a queda de cabelo representa um desequilíbrio do organismo ou do couro cabeludo. Muitos fatores podem estar envolvidos e é primordial obter um diagnóstico exato para seguir com o melhor tratamento.

Tipos de alopecia

As alopecias são divididas em alguns tipos e aqui vamos focar em dois dos mais comuns: 

Alopecia Androgenética 

Conhecida popularmente como calvície, nos homens é comum que as falhas comecem a aparecer na  lateral da fronte – conhecida como “entradas” – e na região occipital – no topo da cabeça. 

“Como o nome já diz, ela é andro de hormônio e genética de alterações genéticas, ou seja, você já nasce com essa predisposição genética. Ao longo do tempo ocorre um afinamento, ou seja, uma miniaturização dos folículos do couro cabeludo, com isso você começa a ver algumas alterações como a diminuição da densidade dos cabelos”, explica o dermatologista.

O expert alerta: “Muita atenção quando começam os primeiros sinais de rarefação capilar, que ocorre em torno da terceira década de vida, entre os 20 e 30 anos. Você já precisa procurar assistência de um dermatologista!”

Alopecia Areata

De origem imunológica, é notável quando percebemos a falta de tufos de cabelos ao redor da cabeça, normalmente do tamanho de uma moeda. 

“Existem várias teorias para tentar explicar essa alopécia, por exemplo, algumas doenças como a doença da tireoide que pode levar a isso, o estresse físico e o estresse emocional. São muitas causas, mas o que é legal saber é que independente da causa, existem tratamentos”, fala Amilton. 

Tipos de eflúvios

Eflúvio Anágeno

É a interrupção da fase de crescimento capilar. “Causado normalmente pelos quimioterápicos, é aquela alopecia que cai todos os cabelos ao mesmo tempo”, diz o dermatologista. 

Eflúvio Telógeno

Queda excessiva de fios em fase de repouso, que pode ser causada por gestação, doença febril, cirurgia, mudança de fármacos ou alterações psicológicas.

“Acontece normalmente com as dietas pobres em proteínas, normalmente pessoas que fazem dietas muito restritivas e também após a gestação, no período de amamentação da mulher, são as causas mais frequentes”, fala. 

Intradermoterapia e remédios via oral para tratamento de alopecias e eflúvios

Tratamento para alopecias e eflúvio telógeno:

Segundo Amilton, o tratamento para alopecia pode ser feito com intradermoterapia, com aplicação de produtos tópicos como o Minoxidil e também com produtos que tem uma ação antiandrogênica. Os mais comuns do mercado são os produtos que inibem a produção de 5-alfarredutase.

Já para os eflúvios, podem ser utilizadas vitaminas, sais minerais e ferro que estimulam o crescimento e também, sessões de intradermoterapia no couro cabeludo

Todos os tipos de alopecia podem levar à calvície? 

O expert explica que não. Alguns tipos possuem a autorrevitalização dos fios, enquanto outros necessitam de um tratamento mais intensivo e específico.

Com relação às alopecias: “A alopecia areata são pequenas moedas que se formam no couro cabeludo e normalmente ela tem uma reepitelização. Já a alopecia androgenética é uma alopecia mais arrastada, o paciente demora mais a chegar no consultório e muitas vezes ele já começa a chegar com rarefação capilar e o diagnóstico é feito através de exames”, conta o médico. 

Com relação aos eflúvios: “O eflúvio anágeno, a partir do momento que o quimioterápico para de circular no corpo a gente consegue ter uma revitalização do cabelo. Já o eflúvio telógeno a gente tem que ter atenção, muitas vezes quando a mulher dá à luz, por exemplo, ela fica com um pouco de anemia e essa falta de ferro pode ser uma das causas desse eflúvio, por isso que esse diagnóstico é importante”, explica.

Confira todos os detalhes:

- Por Nathalia Marchi