Como cuidar dos principais tipos de manchas na pele

Aprenda a identificar e tratar os principais tipos de manchas na pele com dicas da dermatologista Thais Pepe!

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Quem nunca notou uma nova manchinha no rosto e ficou na dúvida se era do sol, da acne ou até de alguma irritação da pele? As manchas na pele fazem parte da rotina de muita gente, especialmente no nosso clima tropical, onde o sol e o calor são presença constante. 

O importante, no entanto, é entender que nem todas são iguais: cada tipo tem uma causa diferente e pede cuidados específicos. Pensando nisso, conversamos com a dermatologista e expert Thais Pepe, que explica a seguir como identificar e tratar os principais tipos de manchas na pele. Confira!

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O que são manchas na pele

As manchas na pele são alterações de cor que podem surgir por sol, inflamações, hormônios, genética e até fatores vasculares. 

Em termos simples, elas aparecem quando há acúmulo de pigmento numa região. Como explica a dermatologista Thais Pepe: “Esse acúmulo pode ser de melanina, que dá o tom acastanhado, escuro ou preto, ou de pigmento da hemoglobina, que são lesões vasculares que dão as cores avermelhadas”.

No dia a dia, proteger-se do sol, manter uma rotina de cuidados e buscar avaliação médica quando algo muda de aspecto são as chaves para prevenir e tratar.

Principais tipos de manchas na pele e como reconhecer

Manchas solares (melanoses) e manchas da idade

São marrom-claras a acastanhadas, geralmente planas, e aparecem mais em áreas expostas (rosto, mãos, colo).

“O sol estimula a produção de melanina pelo melanócito, que é a célula que produz o pigmento de melanina. Ele é estimulado, acumula essa melanina na pele, causando as manchas”, explica a Dra. Thais. 

Portanto, fotoproteção diária e acompanhamento dermatológico ajudam a controlar a progressão.

Sardas (efélides)

Pontinhos castanhos que surgem em fototipos claros e tendem a intensificar com a exposição solar. Costumam ser inofensivas, mas escurecem sem proteção adequada.

Melasma

Aparece como placas acastanhadas irregulares, mais comuns no rosto. Tem forte relação com hormônios e radiação UV/visível. Não tem “cura”, mas melhora com proteção solar rigorosa, clareadores indicados pelo dermatologista e, em alguns casos, procedimentos.

Marcas pós-acne (hiperpigmentação pós-inflamatória)

Manchas que surgem após espinhas ou outras inflamações cutâneas. Começam avermelhadas e podem escurecer se houver sol sem proteção. Tratar a acne, evitar espremer e seguir rotina calmante/clareadora são algumas dicas de como iniciar o tratamento.

Manchas avermelhadas (lesões vasculares)

“Elas podem ser as pintas de sangue, que chamamos de Nevus Rubi, e que vão aumentando com a idade e exposição solar, principalmente, na região do pescoço e colo”, conta Thais. Avaliação médica define quando (e se) tratar.

Pintas (nevos)

Pretas ou muito escuras, têm forte componente genético: “Elas são características genéticas, então já nascemos com predisposição a desenvolvê-las”. Pintas devem ser monitoradas, portanto, procure um dermatologista se mudarem de cor, tamanho, borda ou começarem a sangrar/coçar.

Manchas claras/brancas

Podem ter várias causas, como perda de pigmento, inflamações prévias ou infecções superficiais. Por isso, é essencial o diagnóstico presencial para definir o cuidado correto.

Tratamentos dermatológicos no consultório 

A boa notícia é que quase todo o tipo de mancha pode ser removido – apenas o melasma, que é desenvolvido por exposição solar e hormônios que não. Tratamentos dermatológicos com cremes e lasers são ótimas pedidas para incluir na rotina.

“Para cada pigmento de mancha há um laser com um comprimento de onda específico. Os pigmentos se acumulam em camadas diferentes da pele e cada laser vai atingir uma camada diferente”, completa a dermatologista. Converse com o seu médico para que ele possa indicar o ideal para a sua pele.

De forma geral, o plano pode incluir:

  • Clareadores tópicos (prescrição médica) e rotina de fotoproteção rígida;
  • Peelings químicos selecionados para o seu fototipo e objetivo;
  • Tecnologias de luz/laser, quando indicadas para o alvo correto (pigmento ou vasos).

Skincare para manchas

O skincare também é essencial para marcas, especialmente hiperpigmentações, manchas solares e manchas de acne. A rotina correta pode complementar o tratamento do consultório, não deixando com que áreas com tons diferentes aumentem e, dependendo do tipo de mancha, até diminuam com o tempo.

Confira um guia prático com algumas dicas de rotina para a pele com manchas:

  • Proteção solar diária com reaplicação ao longo do dia: em cidades ensolaradas, isso é decisivo para evitar escurecimento e recidivas;
  • Limpeza gentil, sem atrito excessivo, e hidratação: é importante manter a barreira cutânea íntegra, uma vez que a pele irritada mancha com mais facilidade;
  • Melhores ativos, quando prescritos: esfoliantes químicos suaves, antioxidantes e uniformizadores podem acelerar a renovação e reduzir a aparência de manchas;
  • Resultados: costumam ser graduais, é importante seguir as orientações do seu dermatologista e verificar a progressão ou mudança do tratamento. 

Sinais de alerta: quando procurar o dermatologista

  • Mancha ou pinta que cresce rápido ou muda de cor, borda ou formato;
  • Lesão que sangra, coça ou não cicatriza;
  • Surgimento de múltiplas manchas novas sem causa aparente.

Na dúvida, sempre consulte um dermatologista e avalie no consultório. O exame clínico direciona o diagnóstico e evita tratamentos caseiros que podem piorar o quadro.

Dicas de prevenção 

  • Evite sol direto nos horários de pico e, além do protetor solar, use barreiras físicas como chapéu, óculos e roupas
  • Reaplique o protetor ao longo do dia. Suor, calor e umidade diminuem a duração do produto. 
  • Não manipule espinhas e feridinhas. Quanto maior a inflamação, maior o risco de hiperpigmentação;
  • Mantenha uma rotina estável de cuidados: menos irritação = menos chance de manchar.

- Por Isabelle Guedes