Tendência de cabelo com Eron Araújo

O hairstylist possui um salão boutique para dar it-atenção a quem senta em sua cadeira.

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“Minha mãe teve cabelos brancos muito cedo e sempre fazia a coloração em casa. Lembro que, aos 12 anos, a vi ali sozinha, perdida, e me ofereci para ajudar”, lembra Eron. Pouco tempo depois, ele fazia escova para ela.

Aos 14, cortava o cabelo dos irmãos, colegas de escola, vizinhos. “Aos 16, já conseguia um dinheiro extra! Com 18, comecei a trabalhar num salão na Vila Prudente, zona leste de São Paulo, com duas cadeiras e um lavatório. A dona, Marlene, não sabia cortar. Mas eu sabia, por instinto. E as clientes faziam fila!”

Talento à flor da pele

Eron tinha certeza, desde muito cedo, que carreira queria seguir. “Anos mais tarde, soube que fiquei muito de castigo por me esconder embaixo da cama para cortar o cabelo das bonecas da minha irmã. Sempre tive habilidade com a tesoura, coordenação e percepção para o belo.”

Eron quis se aprimorar técnica e teoricamente e fez cursos nas academias Toni & Guy e Vidal Sasson. Da Zona Leste foi trabalhar num salão afro no bairro do Pacaembu (onde turbinou seus conhecimentos sobre químicas e alisamentos), de lá foi para a Vila Mariana.


Descoberto entre tantos

Eis que um dia Celso Kamura, impressionado com o corte que Eron havia feito numa cliente que dividiam, foi buscá-lo para trabalhar no Spettacolo. Eron lá ficou de 1995 a 2000, fez muitos editoriais para revistas, Phytoervas Fashion e Morumbi Fashion (que depois se transformou em SPFW).

Até que foi trabalhar com Wanderley Nunes, no W Iguatemi. “Fiquei por três meses no salão do Marco Antonio de Biaggi e recebi essa proposta do Wanderley. Só saí do W para abrir o Blend, meu primeiro salão, minha estreia como empresário”, lembra.

Salão Boutique

Aos 45 anos, o hairstylist inaugurou em 2015 o Eron Araújo Creative Salon. “Gosto dessa pegada mais intimista, artesanal, personalizada. Quando me dei conta, estava comandando 90 funcionários no Blend… não é o que gosto de fazer. Prefiro poder perceber o outro, ouvir quem senta na minha cadeira”, diz ele.

Liberdade de expressão

Eron comemora essa nova fase da brasileira, livre para cortar os fios, respeitar a natureza deles… Conheça suas apostas:

New bob vem aí

“Para mim, o corte do ano é o new bob, quatro dedos abaixo do ombro, base reta geométrica, levemente repicado para ter movimento. Superdemocrático, combina com todas!”

Textura natural

“Do mesmo jeito que a brasileira se libertou do cabelo longo, também anda podendo exibir a textura natural dos seus fios, sejam eles lisos ou encaracolados. Temos um mix enorme de texturas e é ótimo poder explorá-las!”

Cor sofisticada

“Nosso país tropical combina com loiros avelãs, mel e tabaco. O estilo da coloração, você escolhe: ombré com raiz natural, luzes, balayage…”

- Por Karina Hollo