Retinol, retinal ou ácido retinóico: quais as diferenças?
Entenda as diferenças entre as três formas da vitamina A e conheça o produto de Avène que pode transformar a sua rotina de cuidados com a pele
09/06/2025
Se você se interessa por skincare, já deve ter ouvido falar sobre o poder da vitamina A para tratar rugas, melhorar a textura da pele e estimular a produção de colágeno.
Mas, diante de tantos nomes — como retinol e retinal, e até ácido retinóico — é comum surgir a dúvida: afinal, o que muda de um para o outro?
Pensando nisso, conversamos com a dermatologista Adriana Cairo para esclarecer as principais diferenças entre essas três formas da vitamina A e explicar como elas podem transformar a sua rotina de cuidados com a pele.
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Retinol, retinal ou ácido retinóico: quais as diferenças?
Para quem não conhece, os retinoides são derivados da vitamina A e atuam diretamente na renovação celular da pele. Assim, eles são indicados para tratar sinais de envelhecimento, como rugas e linhas de expressão, além de auxiliar no controle da oleosidade, na uniformização da textura e da tonalidade da pele.
Segundo a Dra. Adriana Cairo, “os retinoides são usados há muitos anos na dermatologia e atuam promovendo microesfoliação e renovação celular. Isso melhora poros, textura da pele e marcas já visíveis, como rugas”.
A eficácia de cada tipo de retinoide tem a ver com o quanto ele está “pronto” para agir na pele. Todos eles — retinol, retinal e ácido retinóico — são formas da vitamina A, mas não atuam do mesmo jeito.
O ácido retinóico é a forma mais ativa, ou seja, é ele quem realmente faz o trabalho direto na pele. Já o retinol e retinal precisam passar por transformações antes de chegar até a forma final. Assim, quanto menos etapas o ingrediente precisa percorrer, mais rápido ele entrega resultados visíveis.
Por isso, a diferença entre esses nomes não é só uma questão de fórmula: ela influencia diretamente na potência, na velocidade dos resultados e também na tolerância do produto na pele.
O que é retinol?
O retinol é uma forma popular e amplamente utilizada de vitamina A nos cosméticos. Ele precisa passar por duas conversões dentro da pele: primeiro em retinal (ou retinaldeído) e depois em ácido retinóico.
Portanto, seus efeitos costumam demorar mais para aparecer. Apesar de ser eficaz, o retinol pode causar irritação em peles sensíveis, especialmente em concentrações mais altas.
É uma excelente opção para quem está começando a usar retinoides, mas não é a mais potente disponível no mercado.
O que é retinal?
O retinal é um intermediário direto entre o retinol e o ácido retinóico. Ele precisa de apenas uma conversão para se transformar na forma ativa da vitamina A, o que o torna até 10 vezes mais eficaz que o retinol — com a vantagem de ser mais tolerável para a pele.
Esse ativo une potência e suavidade, oferecendo resultados rápidos sem os efeitos colaterais típicos do ácido retinóico, como descamação, vermelhidão ou ressecamento.
Além disso, o retinal possui ação antibacteriana, o que o torna ideal para peles acneicas e oleosas.
E o ácido retinóico?
O ácido retinóico é a forma final e ativa da vitamina A. Por ser extremamente potente, ele não precisa de nenhuma conversão para agir — mas essa eficácia vem acompanhada de maior risco de irritações.
“Ele foi um dos primeiros ativos usados em peelings na dermatologia, justamente por sua potência e capacidade de renovar a pele”, destaca a Dra. Adriana.
Dessa forma, sua aplicação é controlada e só pode ser feita com prescrição médica. É bastante utilizado em tratamentos dermatológicos intensivos, mas nem sempre é bem tolerado por todos os tipos de pele.

Retinol, retinal e ácido retinoico possuem melhor compatibilidade com peles diferentes
Qual deles é o melhor para iniciantes?
Para quem nunca teve experiência com retinoides, o retinol costuma ser o ponto de partida ideal. Isso porque ele é mais suave e possui menor risco de irritação, sendo uma opção interessante para começar a introduzir esse tipo de ativo na rotina.
No entanto, mesmo sendo mais leve, ele ainda oferece benefícios importantes como a melhora da textura e do viço da pele, podendo ser um excelente aliado na rotina de skincare.
E o mais potente no tratamento contra rugas?
Se o seu objetivo é tratar aquelas rugas mais profundas e sinais de envelhecimento, o ácido retinoico é o mais eficaz. Por ser a forma ativa da vitamina A, ele é mais potente e age diretamente na pele, sem precisar passar por etapas de conversão.
No entanto, como mencionado anteriormente, o ácido retinóico é um medicamento, não um cosmético, e seu uso deve ser feito com orientação e prescrição médica, pois pode causar efeitos colaterais como vermelhidão, descamação e sensibilidade.
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E o melhor para peles sensíveis?
Entre os retinoides de uso cosmético, tanto o retinol quanto o retinal são boas opções para quem tem pele sensível, já que são menos agressivos do que o ácido retinóico. No entanto, entre os dois, o retinal costuma se destacar.
Isso porque ele oferece resultados mais rápidos que o retinol e, ao mesmo tempo, tende a causar menos irritação do que o ácido retinoico, sendo considerado uma opção potente, mas com alta tolerância cutânea.
Como trazer os retinoides para a rotina?
A melhor forma de incluir retinoides na rotina de skincare é começar com calma. Como esses ativos podem causar irritação no início, o ideal é usar uma concentração baixa e ir aumentando aos poucos, conforme a pele for se adaptando, e sempre com orientação dermatológica.
A Dra. Adriana Cairo recomenda usá-los sempre à noite: “É o melhor momento porque estamos em repouso, e é quando o ativo pode agir com mais eficácia na renovação celular. Pela manhã, o ideal é investir em vitamina C, hidratantes e protetor solar”.
Os retinoides podem ser combinados com outros ativos?
Sim! Os retinoides podem ser usados junto com outros ingredientes para potencializar os resultados no cuidado com a pele, desde que algumas combinações sejam feitas com cautela.
De acordo com a dermatologista, ingredientes calmantes e hidratantes, como ácido hialurônico, ceramidas, niacinamida e peptídeos, são ótimos aliados e ajudam a manter a barreira da pele protegida, reduzindo efeitos como ressecamento ou sensibilidade.
“Amo associar os retinoides ao ácido hialurônico. Ele é chamado de ácido, mas não tem ação esfoliante — apenas hidratante. Usar o ácido hialurônico antes do retinoide ajuda a reduzir o risco de irritação”, explica ela.
Por outro lado, ativos esfoliantes, como os ácidos glicólico, lático (AHAs) e salicílico (BHA), devem ser evitados ou usados com moderação, pois podem aumentar a chance de irritações quando combinados com retinoides.
Caso queira combinar o uso, o ideal é alternar os dias de aplicação e consultar um dermatologista para montar uma rotina segura.
Há contraindicações para grávidas ou lactantes?
Sim. Segundo a Dra. Adriana Cairo, “esses produtos não podem ser utilizados por gestantes e lactantes. Existem estudos que comprovam os riscos, mesmo com o uso tópico, por conta da absorção pela pele”.
Nesses casos, ela recomenda substituir os retinoides por ativos como o ácido glicólico ou ácido lático, que promovem renovação com mais segurança.
