6 perguntas sobre cabelo danificado no verão
Pode prender? Dormir com ele molhado? Uma dermatologista responde grandes dúvidas sobre o cabelo danificado no verão
27/12/2022
Cada época do ano traz cuidados mais atentos: se no inverno a palavra de ordem é hidratação, no verão a proteção talvez seja a bola da vez, especialmente com cabelos. Piscina, sal, cloro e sol: muito pode contribuir para o cabelo danificado no verão – principalmente os que já passaram por processos químicos como escovas progressivas, luzes e descoloração. Mas isso significa deixar de aproveitar a parte mais gostosa da estação? Claro que não, como a dermatologista Thais Pepe te conta!
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6 perguntas sobre cabelo danificado no verão
1 Prender demais os cabelos faz mal?
Nesse caso, prender os cabelos por muitas e muitas horas, pode mexer com a estrutura do cabelo a curto e a longo prazo, em qualquer época do ano. “A curto prazo, os prendedores podem quebrar os fios e enfraquecer o cabelo”, explica. “Depois, a tração constante pode provocar queda capilar”, afirma.
Mas, como os fios ficam definitivamente mais sensibilizados, o melhor é evitar, principalmente os prendedores de silicone, os de borracha ou grampos. As alternativas para não passar calor e evitar o cabelo danificado no verão são várias: prender em coque usando o próprio cabelo, prendedores de cetim e até piranhas de plástico.
2 Quais os danos ao cabelo se eu me expuser ao sol?
Se expor ao sol é meio inevitável nessa época, certo? Por isso, ao repor a vitamina D, tente sempre proteger o cabelo antes. “Ao ficar muito tempo em exposição solar, os fios passam por um processo oxidativo pela ação dos raios UV. A luz solar afeta a cutícula do cabelo, aumentando a degradação das proteínas, a oxidação da melanina e comprometendo a queratina”. Os danos visíveis podem ir desde desbotamento rápido da tinta até a redução da força dos fios. “Esses processos trazem um dano primário à estrutura capilar, portanto os cuidados devem ser redobrados”, avisa a médica.
3 Posso queimar o couro cabeludo?
Pessoas com cabelos mais fininhos e alopecia androgenética, tendem a ter um maior espaçamento entre os fios e isso significa, também, maior exposição do couro cabeludo e vulnerabilidade à queimaduras. Thais comenta que, além das queimaduras doloridas, o sol pode ocasionar queda. “Há uma alteração da boa qualidade desse couro cabeludo, que sofre um processo inflamatório local e que leva à formação de radicais livres. Com isso, há uma piora para quem sofre com queda capilar”, completa.
Para evitar, aliados poderosos dos cabelos finos são os chapéus ou bonés, procurar mudar a risca de divisão do do cabelo sempre que possível e, a mais valiosa de todas, sempre reaplicar o protetor solar em spray no couro cabeludo.
4 O que acontece com os cabelos se eu mergulhar na água do mar ou na piscina?
“Todas as vezes que o cabelo, que já tem um dano por processos químicos ou mesmo o cabelo virgem, é submetido ao mar, à areia ou ao cloro da piscina, há um dano à estrutura da cutícula, à ceramida desse fio”. (por conta do sal e iodo),
“Com isso, a quantidade de proteínas presentes na haste sofre alteração e o cabelo pode mudar de cor, ficar mais fino e sofrer fraturas e microfraturas”, afirma Thais. A mudança de coloração é, inclusive, super comum em pessoas que passaram por um processo químico e entraram em contato com o cloro da piscina – qual loiro nunca percebeu um leve esverdeado no cabelo?
5 Posso dormir com o cabelo molhado sem prejudicar os fios?
A regra nº1 dos cabelos: “não. Esse é um hábito que compromete bastante a saúde capilar. Os fios úmidos ficam mais frágeis e podem quebrar em atrito com o travesseiro. Além disso, dormir com cabelo molhado favorece o aparecimento de fungos responsáveis pela caspa e queda capilar”, explica. O que fazer? “Aplique um protetor térmico e vá de secador com vento frio.”
6 Então, como proteger os fios?
“Para proteção dos fios, os óleos são muito eficientes, já que formam um filme de emoliência e de resistência, protegendo como se fosse uma capa de lipídeos. Temos vários óleos interessantes como o óleo de argan, de maracujá, de cupuaçu, de andiroba e de damasco”.
No couro cabeludo, as pessoas que têm cabelos fininhos, espaçados ou alopecia, é obrigatória a aplicação dos filtros solares, sempre com FPS acima de 50 e com reaplicação a cada uma hora e meia.”O uso do boné ou chapéu também é indicado”.
Uma última dica bacana para o pós-mar ou pós-piscina: água doce e água termal. “Assim que voltar do mar ou piscina, tome uma ducha de água doce e, se não houver essa possibilidade, faça a utilização das brumas em spray ou da água termal”, finaliza a médica.